Entrevistas, perfis, matérias e podcasts de que participei e/ou sobre meu trabalho como escritora e profissional do mercado editorial.
Entrevista para o novo formato do projeto Fanfic Show, falando da experiência com fanfic, de perspectivas sobre fanfic x ficção “ordinária”, e do curso sobre fanfics organizado em parceria com a Oxe Conteúdos.
Em entrevista à ELLE, Sofia Soter, escritora de fanfictions e tradutora, explica que foi ao ler e escrever essas histórias que ela encontrou um lugar de conforto e refúgio. “Como uma mulher bissexual, as fanfics foram fundamentias para descobrir e explorar desejos, interesses e fantasias sexuais. Poder ler várias versões de dinâmicas interpessoais, tanto sexuais, quanto românticas (muitas consideradas pela mídia mainstream superespecíficas e nichadas), me trouxe um vocabulário emocional interno precioso”, relembra.
Entre as estripulias de Pandora, a cachorra, Sofia Soter não esconde a empolgação ao conversar sobre sua vivência com as fanfics. Ela, que hoje é tradutora e autora, passou boa parte da adolescência escrevendo e lendo narrativas alternativas, compartilhando, com o mundo, seu entusiasmo por sagas como Star Trek e Buffy — Sofia é, aliás, uma das apresentadoras do podcast Boca do Inferno, que se destina a discussões profundíssimas sobre a jovem caça-vampiros. Sua vivência com as fanfics não só enriqueceu seu repertório como também a formou como escritora: “Fanfic é um exercício de leitura. Você tem que saber ler muito bem o enredo original para escrever uma narrativa reconhecível para o fã.”
Em cada encontro, os amigos comentam cena a cena, dividem suas impressões sobre os acontecimentos, e, no final, trazem três quadros, o “Lixo”, o “Monstro” e o “Nos 90”, quando elegem qual parte daquele episódio mais se encaixa em cada um. “A gente se diverte horrores e ama muito Buffy, e é sempre legal ouvir gente que ama o que você ama conversar sobre aquilo!”, comenta Sofia. “Além disso, somos três pessoas com opiniões às vezes semelhantes, mas às vezes discordantes, e do mesmo jeito que é legal pra gente descobrir o que os outros dois pensam e refletir sobre detalhes e questões que não nos ocorreriam, é legal pra quem tá ouvindo ter esses pontos de interlocução pra pensar mais sobre uma série tão maravilhosa!”.
Participação no podcast Méxi-ap sobre o livro Pessoas Normais, de Sally Rooney. Da descrição do podcast: No qual eu converso a cada duas semanas com pessoas criativas sobre alguma coisa que elas tenham lido, ouvido, assistido e que tenha as feito refletir e sentir. Um podcast de bate-papos sobre referências e inspiração.
No qual eu converso com a Sofia Soter sobre o filme Os últimos cinco anos, a peça em que ele foi baseado, relacionamentos entre pessoas criativas, o (des)apego ao fazer novas versões de uma obra, seja no cinema ou em traduções literárias e muitas outras coisas que o filme nos inspirou a refletir. reflexão inicial (0:45): um pouco sobre como podcasts (ou o motivo pelo qual eu escuto podcasts) tem complicado a minha vida conversa (5:10): hoje, além de falar sobre Os últimos cinco anos, a gente mencionou/falou sobre a peça Os últimos cinco anos de Jason Robert Brown, La La Land de Damien Chazelle, Laranja Mecânica de Anthony Burgess, Laranja Mecânica de Stanley Kubrick, O Iluminado de Stanley Kubrick, Call me by your name Luca Guadagnino, Call me by your name de André Aciman, [o texto do André Aciman sobre a versão cinematográfica do seu filme], O castelo animado de Diana Wynne Jones, O castelo animado de Hayao Miyazaki, Bonequinha de Luxo de Truman Capote, Bonequinha de Luxo de Blake Edwards, [vídeo da Lindsay Ellis sobre O corcunda de Notre-Dame (em inglês)], O corcunda de Notre-Dame de Vitor Hugo, O corcunda de Notre-Dame de Gary Trousdale e Kirk Wise, O corcunda de Notre-Dame de William Diertele, Uma dobra no tempo de Madeleine L’Engle, Uma dobra no tempo de Ava Duvernay, Elementary da CBS, Sherlock da BBC, A amiga genial de Elena Ferrante e Magic Mike XXL de Gregory Jacobs.
“Ainda que eu tenha amado diversos trechos, queria fazer menções especiais a alguns textos que foram daquele tipo ainda-bem-que-isso-existe-pra-expressar-meus-sentimentos. Primeiro, o texto da Sofia sobre ter crescido na internet e como ela também faz parte de nossas vidas, “Porque a internet também é vida real”. Como a Anna Vitória já falou por aqui, a Sofia explica que as comunidades online podem ser acolhedoras e que a ajudaram-na a se descobrir. Não podia concordar mais: sou cidadã da internet e foi por aqui que fiz alguns dos meus melhores amigos.”
“As diferenças já começam pelo nome: o título da publicação é uma homenagem à Capitu, principal personagem feminina de Dom Casmurro. A escolha não foi à toa, é claro. A personagem de Machado de Assis, mesmo sendo forte e independente, teve suas características trabalhadas como indícios de mau-caratismo e dissimulação. E assim surgiu a Capitolina: um símbolo de feminilidade para homenagear a audácia de viver sem preconceitos e imposições.
“De acordo com Sofia Soter, editora e uma das fundadoras da Capitolina, a ideia surgiu após perceber que as revistas direcionadas às adolescentes não conseguiam atender as demandas delas. A própria Sofia, que hoje tem 24 anos, diz que quando era mais nova não se via representada, mesmo fazendo parte de um padrão considerado “ideal”: branca, magra e com boas condições financeiras. “Ainda vejo as revistas como se elas quisessem passar um mundo impossível de se atingir”, destaca.”
“Além do conteúdo relevante, o livro da Capitolina chama atenção pela diversidade de jovens que assinam os textos e ilustrações. Garotas de idades e contextos diferentes e de várias regiões do país se juntam para produzir um livro que não subestima a inteligência das adolescentes e nem ensina que a vida de uma garota deve girar em torno do gênero masculino. Ao contrario: quem lê Capitolina sai com a certeza de que seu valor e lugar no mundo jamais devem estar condicionados à aprovação dos outros.”
“E se, na escrita, as colaboradoras abordam questões pesadas, ou até mesmo tidas como adultas, como a automutilação, a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual ou as ideias do educador Paulo Freire (1921-1997), no visual o livro lembra mais as publicações adolescentes tradicionais, com bastante rosa e páginas “interativas”, com instruções para que as leitoras escrevam ou desenhem.”
“Sofia é uma pessoa extremamente focada e empreendedora, Clara é um mundo de criatividade e energia e Lorena acredita ser boa em lidar com pessoas. “Costumo dizer que Clara é a Bad Cop, Sofia é a Good Cop e eu não sou uma Cop por ser muito bobona. Eu seria a Lindinha das Meninas Superpoderosas. Eu choro bastante”, conta Lorena.”
“O site feminista teen Capitolina vai virar livro. A editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras, comprou os direitos para adaptação e o lançamento deve acontecer na Bienal, em setembro.”
“Entre matérias semanais e mensais, se engana quem pensa encontrar nas páginas apenas registros e discussões sobre a causa feminista. Textos sobre games, receitas e moda dividem espaço com pautas politizadas e teóricas, como matérias já publicadas sobre as identidades trans, o perfil do trabalho da psiquiatra Nise da Silveira e uma discussão sobre publicidade e gênero. As editoras defendem que o público feminino adolescente é desvalorizado de diversas maneiras. “Você não pode tratar as adolescentes como se você fosse condescendente e soubesse mais do que elas”, avaliou Sofia. Ela afirma que a todo momento as meninas são descritas de forma superficial, seus problemas inferiorizados e sua capacidade crítica diminuída, principalmente pela grande mídia. Para não reproduzirem o mesmo papel e “oprimir o seu público”, as meninas decidiram criar uma revista com uma nova postura: “Colocamos as leitoras na frente da nossa militância”, define Lorena. É a partir dessa atitude, segundo ela, que surge o espaço da Capitolina, aberto aos mais diversos tipos de militância.”
“a capitolina inaugurou um espaço amigável para reflexões sobre os mais diversos assuntos, agrupados em temas mensais, e vem crescendo cada vez mais. uma das responsáveis por tudo isso é a sofia soter, editora geral da revista, carioca, fazedora-de-múltiplas-coisas-lindas-ao-mesmo-tempo, que sempre me inspira. resolvi entrevistá-la usando como base para as “perguntas” (foram mais tópicos) o álbum mais recente da taylor swift, 1989; porque ela gosta, porque eu tava ouvindo no dia, porque sim.”
“Lançada há um ano, a revista digital “Capitolina” (nome inspirado em Capitu, personagem de “Dom Casmurro’’) aborda assuntos como “Relacionamento com homens mais velhos e o que há de errado neles”, “Saindo com outras meninas” e “Desmistificando a menstruação”. — Muitas jovens estão conhecendo e se identificando com o feminismo através da internet. Foi assim comigo — conta Georgia Santana, de 24 anos, estudante de Biblioteconomia e revisora da “Capitolina”. A revista digital tem 74 colaboradoras pelo Brasil, incluindo duas transexuais. Todas trabalham de graça e são coordenadas pela editora Sofia Soter, de 23 anos. — Quando você se sente apoiada por outras mulheres, tem mais força para se colocar na sociedade. O coletivo é muito importante — acredita a estudante de Arquitetura Isabela Peccini, de 24 anos, outra colaboradora, que escreve sobre sexo e relacionamento.”
A revista Capitolina, com 74 colaboradoras no país: ‘feminismo acessível’, diz Sofia Soter”
“‘A diferença é o enfoque’, diz Sofia Soter, 23 anos, uma das editoras da publicação on-line, que se propõe a lidar com questões da puberdade com viés feminista e é produzida por 74 jovens de 17 a 27 anos. ‘Em vez de ensinar as meninas como conseguir o próximo namorado, dizemos que elas não devem ligar se não conseguirem um’, afirma.”
“Sofia Soter, Clara Browne e Lorena Piñeiro – O trio criou a Revista Capitolina revista eletrônica adolescente com pegada feminista. Para nós da Olga, é o melhor conteúdo brasileiro para teens na internet!”
“De forma dedicada e séria Sofia Soter, Clara Browne e Lorena Piñeiro juntaram 70 colaboradoras divididas em sete editorias (como beleza, moda, educação e tecnologia) e de forma sistemática alimentam desde abril uma revista antenada e com os 140 pés no chão.”
“A adolescência parece ser um momento divertido quando a gente olha de longe, mas pra quem tá dentro, ô, é um lugar bem difícil de se “morar”! Ser igual, ser única, ser, não ser, ser o quê quando crescer?”
“Inclusão é a palavra-chave desse novo feminismo. Tem a menina que curte a fantasia de princesa? Tem e ela está dentro, ostentando sua coroa de Cinderela “fake”. E tem a menina romântica, que diz que seus melhores sonhos são com meninos. Mas tem também a webdesigner mineira que se define como “muito feminista e ativista da causa”: “Meu café da manhã são lágrimas masculinas”, escreveu.”